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Conectividade: a evolução dos sistemas multimídia nos carros “populares”

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Por Carina Mazarotto

O aparecimento das telas touch com acesso a internet em automóveis “populares” começa a mostrar força. Nos últimos salões internacionais, só se falava nisso. Geração Y, conectividade, público jovem, redes sociais…

Depois do sistema MyLink, lançado pela Chevrolet no Ônix, a Nissan aposta no NissanConnect, sistema multimídia já utilizado nos carros da marca no Japão, Estados Unidos e países da Europa. A diferença é que aqui ele chega com apenas dois aplicativos embutidos: o Facebook e o Google Search.

O sistema conta com uma tela de 5.8 polegadas e está disponível a partir da versão 1.6 16V SL (R$ 42.990). Além de oferecer itens de conforto para o motorista, como Bluetooth, comando de voz, câmera de ré e GPS, o destaque é a possibilidade de se conectar aos dois aplicativos, sempre com um smartphone pareado ao sistema.

Como funciona
Não pense que você vai encontrar a mesma facilidade do seu celular no sistema do veículo. Assim como acontece nos modelos da Chevrolet, o NissanConnect traz uma interface adaptada para atender às regras de segurança de trânsito. Por isso há limitações no uso de aplicativos.

Pareado ao celular, sistema permite acessar algumas funções de Facebook ou Google

Pareado ao celular, sistema permite acessar algumas funções de Facebook ou Google

No caso do Facebook, por exemplo, é possível fazer check-in, ver o feed de notícias (com exceção das fotos) e receber convites de eventos. A sacada da Nissan foi integrar os aplicativos ao GPS, assim é possível iniciar uma navegação até o local indicado no convite, por exemplo. Mas a parte mais útil de toda essa história está no bom e velho Google. Com o comando de voz acionado, basta dizer o que está procurando, que ele te mostra todas as opções mais próximas e o GPS te leva até lá.

O ponto fraco do sistema da Nissan é a adaptação e instalação. É preciso cadastrar o chassi do veículo em um site, receber um login, baixar o aplicativo ''Nissan Connect'' na Apple Store ou Google Play e, a partir de então, parear o aparelho. O aplicativo estará disponível nas lojas virtuais no dia 26 de maio, quando o carro começa a chegar às lojas, segundo a Nissan.

No caso do iPhone, o sistema só funciona se o celular estiver conectado pelo cabo USB – de acordo com a marca, isso acontece por um requisito de segurança da própria Apple. Para os aparelhos que usam sistema Android, basta parear e deixá-lo no bolso.

NissanConnect03

Sistema da Nissan traz GPS integrado ao painel

O MyLink, da Chevrolet, tem visual mais bonito, melhor integração com o usuário, mas peca ao oferecer o GPS como aplicativo, cobrado à parte do valor do veículo, e ainda não traz a opção de acesso ao Google. Outros três aplicativos são oferecidos no sistema do Ônix: Siri, um organizador de tarefas, TuneIn, que permite o acesso por internet a mais de 70 mil rádios no mundo, além do Stitcher, para ouvir os podcasts favoritos.

Carros x smartphones
O grande desafio das montadoras é acompanhar a evolução das empresas de tecnologia e, ao mesmo tempo, respeitar as regras de trânsito. Enquanto os smartphones já trazem telas mais instintivas, as interfaces dos sistemas desenvolvidos pelas fabricantes de automóveis ainda pecam na usabilidade.

Outro ponto é a evolução constante de novos aplicativos. Lá atrás, quando os departamentos de marketing das empresas identificaram a tendência dos sistemas multimídia, talvez não imaginassem que aplicativos como o Google Maps e o Waze superariam os aparelhos de GPS convencionais em agilidade. “Agora o sistema já está aí, então temos possibilidades infinitas dentro dele. Vamos continuar estudando quais aplicativos serão interessantes ao consumidor brasileiro além dos dois que oferecemos”, explica Tiago Castro, gerente de marketing de produto da Nissan.

Assista ao vídeo produzido pelo Bufalos TV. Qual foi a última vez que você encontrou os amigos fora das redes sociais?